domingo, 23 de novembro de 2008

Expandindo o prazer


De acordo com Heródoto, historiador grego do século III a.C., era costume babilônico que toda a mulher virgem perdesse sua virgindade no templo do amor e tivesse relações sexuais com estranhos. Não importava a quantia de dinheiro, ela nunca recusaria, pois isso é que seria pecado. Segundo ele, as mulheres altas e belas logo ficavam livres para partir, mas as feias tinham que esperar muito tempo, podendo chegar a três ou quatro anos. Todo o dinheiro e o ato em si eram dedicados à deusa, e portanto, considerados santos. Para a mulher, esse ato não representava a desonra, era motivo de orgulho. Em outras localidades, tal honra só era alcançada pelas mais nobres de estirpe. O ato sexual com estranhos consagrado à deusa era considerado purificador. Mais tarde, até as matronas romanas, da mais alta aristocracia, vinham ao templo de Juno Sospita para entrar no ato da prostituição sagrada quando era necessária uma revelação.

No Egito, as deusas Hátor e Bastet eram adoradas como deusas da fertilidade. Freqüentemente são representadas nuas, acompanhadas por um coro de mulheres dançantes. No tempo das grandes festas, as mulheres permaneciam a serviço da deidade. Tendo cumprido suas obrigações na noite do ritual, elas voltavam a suas casas para reassumirem sua vida diária.


Em Hierápolis, no Líbano, a moderna Baalbek, matrona, bem como virgens, prostituíam-se a serviço da deusa Atar. Em alguns casos, mulheres que não desejavam levar vida casta, nem casar, passavam a morar nos recintos do templo. Eram elas as Virgens Vestais. Elas serviam à deusa grega ou romana Héstia ou Vesta, como encarregadas do fogo das lareira. Tinham como propósito trazer o poder fertilizante da deusa para o contato efetivo com as vidas dos seres humanos.


Em outros casos, o caminho da mulher à prostituição sagrada realizava-se através da sujeição ao conquistador guerreiro. Ramsés III atesta esse fato nos relatos de inscrição de prisioneiros que fez na guerra da Síria. Os homens foram levados para um "depósito", e suas mulheres foram feitas súditas do templo.


Independentemente de virem ao templo do amor por determinação da lei, por dedicação ou por servidão, por sua origem real ou comum, por uma noite ou por toda a vida, sabemos que as prostitutas sagradas eram muito numerosas. De acordo com Estrabão, nos templos de Afrodite em Érix e Corinto havia mais de mil.


No código de Hamurabi, uma legislação especial salvaguardava os direitos e o bom nome da prostituta sagrada; era protegida contra difamações, assim como seus filhos, através da mesma lei que preservava a reputação da mulher casada. Elas também gozavam do direito de herdar propriedades do pai e receber renda da terra trabalhada por seus irmãos.


Há mais de 5.000 anos, onde hoje é o Paquistão, floresceu uma civilização chamada Harappiana, de etnia drávida, cujos remanescentes vivem hoje no Sul da Índia e no Sri Lanka. Escavações arqueológicas feitas neste século indicam que era uma civilização agrícola, que dominava técnicas urbanísticas avançadas e que surpreendentemente não tinha religião. Nos sítios arqueológicos não existem resquícios de templos, esculturas de deuses, nem de palácios destinados a sacerdotes e imperadores. Esta civilização concebeu o Tantra, uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras, que desenvolveu uma maneira de usar a energia sexual para propiciar crescimento interior.


Mestre De Rose, codificador mundial do Yôga pré-clássico e profundo conhecedor do Tantra, rejeita todo o tipo de associação que é feito entre Tantra que ele professa, o mais antigo, conhecido como de linha branca, com espiritualismo. Além do Tantra da linha branca, existe o negro e o cinza.


O Tantra branco foi desenvolvido pela civilização harappiana antes da invasão ariana no século 1500 a.C. "Era natural, discreto, não queria provar nada para ninguém", explica De Rose. Além de ser o mais antigo, é também o mais sutil, refinado e bem reputado. Seus seguidores não fumam, não tomam bebida alcoólica, não comem nenhum tipo de carne e não usam drogas.


Os invasores arianos baniram o Tantra, que continuou existindo como uma tradição secreta transmitida oralmente ao longo de várias gerações, até que foi escrito, no século VIII - quando também surgiu o Tantra Negro, que incorporou o intenso misticismo da Índia medieval. O Tantra Negro tornou-se uma corrente mais ritualística e mais transgressora do que a linha branca, pois procurava desafiar a dominação ariana. Pouco tempo depois, surgiu na Índia uma linha intermediária, chamada de Tantra Cinza, que mescla elementos das duas primeiras linhas.


Nessa época, o Tantra atravessou as fronteiras da Índia. "Pegou como fogo em gasolina. A Ásia inteira ficou contaminada pelo Tantra", diz De Rose. Desse encontro surgiu o budismo tântrico, que eliminou o ritual sexual, mas manteve o simbolismo da união sexual como metáfora da união com o divino. Na China, a mistura de taoísmo com práticas sexuais tântricas resultou na Alquimia taoísta, enriquecida ao longo dos séculos com as contribuições de seus praticantes.

A reação à expansão do Tantra, entretanto, foi implacável. "Quem fosse acusado de praticar o Tantra sofria mais perseguição e tortura do que os acusados de heresia durante a Inquisição", conta De Rose.

(fonte: http://istoe.terra.com.br/planetadinamica/site/exclusivo.asp?id=68)

(gravura: Deusa Astarte)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O Egito foi o palco principal do desenvolvimento da dança do ventre.


Primitivamente, o conceito de Deus era feminino, associado a uma GRANDE MÃE. A veneração a divindades femininas era parte integrante das tradições sagradas mais antigas. Nos rituais eram realizadas danças que simbolizavam a origem da vida, através de movimentos ondulatórios rítmicos no ventre. Em vários lugares foram encontrados indícios desse tipo de ritual, como por exemplo: Mesopotâmia, Egito, Anatólia. Posteriormente, a dança passou a ser realizada exclusivamente por sacerdotisas dentro dos templos, com total sincronia com os ritmos musicais.
Embora existam ainda controvérsias sobre a origem da Dança do Ventre, a hipótese mais provável é que tenha surgido no Egito a mais ou menos 1500 a.C em rituais em que as sacerdotisas homenageavam a Deusa da fertilidade, Ísis.
Após a invasão do Egito pelo povo árabe em 638 d.C, a dança foi incorporada à cultura árabe, deixando de ser apenas prática sagrada e assumindo caráter mais festivo, passando a ser realizada em festas populares e palaciais.
A princípio, os nomes reais da Dança do ventre eram: Dança oriental, conhecida nos países árabes; Racks el Chark, que significa Dança do Leste.
A nomenclatura Dança do Ventre foi dada pelos franceses, pois nessa dança a bailarina concentrava os movimentos no quadril quase que exclusivamente.
O Egito foi o palco principal do desenvolvimento da dança do ventre. Meninas eram treinadas desde pequenas para servirem como “Canal de manifestação da Deusa Isis” nos rituais religiosos.


Perguntas freqüentes


1- Quero começar a fazer dança do ventre, mas tenho medo de ficar com barriga. A dança do ventre dá barriga?
Resposta: Isso é um mito e pode ser que essa imagem tenha sido criada devido ao fato das mulheres árabes terem o corpo com o formato diferente do nosso. Elas são mais “cheinhas” e como a dança vem de lá, as pessoas pensam que seja a prática da dança a causadora da “barriguinha”. Mas muito pelo contrário, todos os movimentos têm um papel muito importante no fortalecimento da musculatura do ventre e como conseqüência desse fortalecimento, a musculatura fica mais definida e torneada. Como o corpo da mulher tem a natureza de ser mais arredondado, a dança ajuda a afinar a cintura, definir o quadril e fortalecer a musculatura glútea.

2- Sou muito tímida, gostaria de ser mais expansiva. A dança do Ventre pode me ajudar nisso?
Resposta: Toda prática de dança permite a aquisição de uma expressão corporal maior. No caso da Dança do Ventre para a mulher, essa expressão corporal fica ainda mais acentuada, pois tecnicamente ela exige a expressão da sensualidade feminina, então, sem dúvida nenhuma, alguns limites pessoais de auto-aceitação e capacidade de se colocar e se expressar são vencidos e a timidez pode ser superada.

3- Tenho muito problema de auto-estima, não gosto do formato do meu corpo, a Dança do Ventre pode me ajudar a me sentir melhor?
Resposta: A Dança do Ventre atua no campo da expressão da sensualidade feminina. Num primeiro momento, a mulher se depara com ela mesma e com os seus limites e suas dificuldades, esse momento inicial de auto-conhecimento dura em média 6 meses. Esse é o momento mais crítico, pois todas as barreiras de auto-estima ficam expostas, mas ficam expostas para serem vencidas. Depois dessa fase vem a fase da auto-aceitação. Aceitar que embora eu seja assim, diferente, sou bonita e meu corpo pode se expressar de forma sensual e elegante. Após a fase da auto-aceitação, vem a fase da “poderosa”, que é a fase em que a mulher já conseguindo fazer os movimentos, já dançando a dança mais sensual do planeta e já sendo observada como mulher pelas outras pessoas, sente-se muito poderosa e orgulhosa de si mesma, resgatando a sua auto-estima, seu poder de sedução e a sua feminilidade no sentido estético e emocional.

4- Qual a interferência energética que a Dança do Ventre exerce nos chakras?


Resposta: A Dança do Ventre trabalha no campo da Kundalini, que é a energia mais poderosa dos nossos centros de energia, equilibrando-a e movimentando-a. Como que em um efeito “dominó”, os demais centros de energia, ou seja os demais chakras também sofrem a interferência positiva do equilíbrio do chakra básico, equilibrando-se também.

5- Quanto tempo eu levarei para estar dançando?


Resposta: Um trabalho de formação de Dançarina, leva em média de 3 a 4 anos para terminar. Cada mulher tem um ritmo diferente. Umas aprendem mais facilmente, outras levam mais tempo. Em média, para estar dançando, tendo consciência e executando os movimentos básicos e tendo um pouco de percepção musical, leva-se um ano

domingo, 9 de novembro de 2008

PAZ

O bem, que a outros prestamos
É sem interesse, e com afeição
Com eles partilhamos
Amizade de nosso coração
Quando um irmão ajudamos
Estamos amando Deus
Graças, a ele damos
Por todos sermos, filhos seus
Amar o semelhante é um mimo
Que traz exuberância intensa
A nosso sorriso cristalino
Ele nos faz ficar feliz
E aceitarmos com paciência
Os outros, conforme o Divino diz
De; Fernando Ramos

Deusas Do Ventre


Na 1° etapa o aprendizado será sobre dançar com o véu ( o espírito), que representa o corpo espiritual da bailarina, sendo que a cor do mesmo traduz seu estado emocional, e o desempenho com ele, mostra a visão que ela tem de seu corpo e a sensação do corpo físico lhe inspira.
Na cultura árabe o véu também simboliza os ventos do deserto. Esta fase culmina com o batismo, quando a dançarina receberá um Nome, numa maravilhosa cerimonia com os quatro elementos presentes.
Depois disto ela poderá se apresentar em público, pois já possui o conhecimento suficiente para se preservar, protegendo dessa forma a sua energia, que está exposta.
As etapas seguintes são:
1° ) Snuj - Bênção
A dançarina, igual que as sacerdotisas antigas, abençoa e purifica o ambiente onde estiver, tocando uma melodia, o que também pode ser conseguido com o pandeiro.

2°) Bastão ou Cajado - Caminho
Como uma Sacerdotisa Espiritual, ela direciona e mostra os Caminhos.
3°) Punhal - Transcendência
Nesta etapa a mulher-dançarina transcende a própria matéria, sacrificando os apegos mundanos
4°) Espada - Justiça
Propicia discernimento através da Justiça da Pura; nesta etapa a dançarina deverá manter uma postura mental especial, porque o poder místico atribuído à espada, poderia "cortar" determinadas situações.
Daqui para diante a dançarina já pode ensinar o que aprendeu
5°) Taça - Sabedoria
Aqui ela exterioriza sua Deusa Interior, e faz de seu corpo um veículo sagrado e ofertado.
°) Castiçal - Luz
Ao chegar aqui, ela se transforma numa ponte entre os mundos material e espiritual.
7°) Sete Véus
Este número encerra um mistério muito grande, pois sete são as cores do arco-íris, os chakras, as notas musicais, os planetas principais...
Para que a dançarina-sacerdotiza esteja apta a fazer esta dança terá de ter as sete virtudes:Humildade, disciplina, respeito, paciência, perseverança, dedicação e Amor.
A Dança Iniciática, faz com que a bailarina conheça o seu corpo e sua relação com o calendário Lunar, coincidindo cada ciclo da Lua, com as características de uma Deusa.
Além disso, desperta o sagrado nela, motivo pelo que se diz: "o corpo da bailarina se divide em três partes diferentes, mulher, espirito e serpente, não podendo ser tocado enquanto ela dança".

NOMES ÁRABES C/ TRADUÇÃO

Alima – Sábia / Inteligente
Alimah – Ter Dote Para A Música Ou Dança
Aliyyah, Aliah, A’lia – Exaltada, Nobre, Mais Alta Posição Social
Almas - Diamante
Aludra - Virgem
Alzubra – Uma Estrela Na Constelação Leo
Amal, A’mal, Amala – Esperanças, Aspirações
Amani - Desejos
Amatullah – Serva Feminina De Allah
Amber – Jóia
Aminah, Ameena – De Confiança / Fiél
Amineh – Fiél
Amirah, Ameera – Princesa, Líder
Amtullah – Serva Feminina De Allah
Anan - Nuvens
Anbar - Perfume, Âmbar
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DEPOIS POSTO MAIS NOMES

Nomes Árabes

Nomes Árabes Femininos Com Tradução
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Abia – Fantástica, Excelente
Abida – Praticadora Da Religião
Abir, Abeer - Fragrance
Ablah, Abla’ – Perfeitamente Formada
Abra – Exemplo, lição
A’dab – Esperança / Necessidade
Adara - Virgem
Adiba – Culturada, Educada
Adila, Adilah, Adeela – Igual / Igualdade
Adiva – Adorável / Gentil
Afaf – Virtuosa, Digna, Pura
Afifah – Virtuosa
Afra’ - Branca
Ahd – Promessa / Conhecimento / Sabedoria
Ahlam – Aquela Que Tem Sonhos Agradáveis / Imaginativa
A’idah, Aida – Visitas / Recompensa / Retorna
Ain – Olho / Preciosa
Aini – Primavera / Flor / Fonte / Escolha
A’ishah, Aisha, Ayishah - Vivida, Próspera, A Mulher Mais Nova Do Profeta (Que A Paz E A Benção Estejam Com Ele)
Akilah – Inteligente, Ter Lógica, Ter Razão
Alhena – Um Anel / A Estrela Da Constelação Gemini

Husniyah Falak

Badi’a – Admirável, Única
Badra – Lua Cheia
Badriyyah – Parecida / Similar Á Lua Cheia
Bahira, Baheera – Fantástica / Brilhante
Bahiya – Bela / Linda / Bonita / Radiante
Balqis – Nome Da Rainha De Sheba
Banan – Delicada / Ponta Dos Dedos
Baraka – Aquela Que É Branca / Boa
Bari’ah - Excelente
Barika – Ser Bem Sucedisa
Bashirah, Basheera – Aquela Que Traz Alvíssaras / Traz Alegria
Basimah, Baseema - Sorriso
Basmah – Um Sorriso
Batul, Batool – Virgem Ascética
Bilqis – Rainha De Sheba
Bushra – Bom Presságio / Futuro
Buthaynah, Buthayna – De Corpo Bonito / Macio